quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Estresse Pós-Traumático

Amigos:

Em tempos de garotos de famílias "de nome" (como ele mesmo disse) que surtam depois de "encher o latão" de tudo que é porcaria (inclusive cerveja), e saem atirando em todo mundo, roubando carros e ameaçando quem estiver no seu caminho, uma boa opção é dar uma olhada nas idéias do meu amigo Dr. Eduardo Ferreira Santos.

Seu curriculum dispensa longas apresentações. 30 anos de serviços prestados na USP no Serviço de Psicoterapia do Instituto de Psiquiatria. Mestre em Psicologia Clínica (PUC) e Doutor em Ciências Médicas pela Faculdade de Medicina da USP.

Autor de vários livros sobre relacionamentos conjugais, recentemente publicou nova obra abordando o tema "Estresse Pós Traumático" que é a consequência direta que os seres humanos tem após sofrer um trauma violento como por exemplo um sequestro ou assalto.

O Dr. Eduardo faz um trabalho voluntário brilhante dentro da Faculdade de Medicina da USP, atendendo pessoas com este tipo de problema e sua jornada acabou fornecendo subsídios para que ele desenvolvesse sua tese sobre como "cuidar" das pessoas que são acometidas deste transtorno.

O Estresse pós traumático é tão grave que pode manifestar-se mesmo decorridos vários anos do fato que causou o trauma, com consequencias imprevisíveis que vão desde um simples surto até o pânico total.

Estas pessoas, além do imenso prejuizo financeiro e psíquico que sofrem quando da ocorrência do fato, acabam por sofrer posteriormente este transtorno que pode prejudicar sua vida e trazer inúmeros problemas e desconforto.

Ocorre que, quando um criminoso causa prejuízos a alguém e é preso, ele provavelmente será julgado, condenado e privado da liberdade. Tão logo este pária da sociedade ingresse no sistema prisional, será coberto de mimos e assistencia social, inclusive com auxílio financeiro para sua família, pois, o preso estará impedido de "trabalhar".

O mesmo tipo de assistência, porém, é simplesmente ignorado para as vítimas deste criminoso.

Pais que deixam suas famílias sem amparo, endividadas, marcadas pela perda do ente querido, dificilmente conseguem recuperar-se do trauma, mas nenhum órgão governamental, ONG, ou entidade assitencial do tipo Human's Rights Watch irá fazer sequer uma visita à família para saber se estão passando dificuldades ou precisando de algum tipo de assistência.

Não existe "seguridade social" para este tipo de vítima. Não há nenhum tipo de ajuda para a vítima ou sua família. Não há quem ajude a cobrir os prejuízos financeiros (os seguros não cobrem tudo). Empregos perdidos, famílias desfeitas, lares destruídos. Tudo isto não tem nenhum tipo de apoio do govêrno nem de entidades assistenciais (pelo menos eu não tenho conhecimento).

Nossos irmãos que residem na "cracolândia", são agraciados diariamente com programas assistenciais, e temos até espaços de convivência na região para que os "drug adicteds" possam brincar, ler, jogar video games, assistir tv, filmes em DVD, e muito mais. E tudo isso financiado (com justiça) por verbas oficiais (dinheiro do povo).

Para as vítimas dos crimes violentos, fica apenas o "conforto" de permanecer horas sem fim dentro de uma delegacia onde, frequentemente, ouvem das autoridades que seus algozes são, (eles sim), "vítimas da sociedade" pois não têm oportunidade na vida e sua "única alternativa" é o crime.

Gostaria que meus amigos leitores dessem uma passadinha pelo site do Dr. Eduardo e lessem o que ele tem a dizer sobre o assunto e também que apresentassem seus projetos e idéias para auxiliarmos as vítimas deste transtorno que tanto mal causa à nossa população.

Abraços a todos.

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